
Por meio de pagamentos de até R$ 1.000 ou forçados mediante ameaças, adolescentes da Grande Fortaleza estão sendo recrutados por facções criminosas para realizar os atentados que já duram 11 dias no Ceará. Até a manhã da última sexta-feira (11), 110 das 309 pessoas identificadas em ataques eram menores de 18 anos, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Mas muitas famílias relatam excessos nas apreensões.
"Veem um adolescente suspeito --sempre negros pobres da periferia-- e apreendem. Depois que vão saber quem são", diz a presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Beatriz Xavier. Entre os flagrados, há jovens de 13 anos. A maioria fica apreendida provisoriamente por ordem judicial, até que uma medida de internação seja dada, ou não. Segundo a lei, o período de internação máximo é de três anos.
A cooptação de jovens por dinheiro ou por ameaças foi confirmada por integrantes que conduzem as investigações na cidade e nos presídios.
Fonte: Uol
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