O Ceará tem chances de registrar chuvas acima da média histórica nas mesorregiões do Noroeste e Norte do Estado, Sertões e Jaguaribe durante janeiro, fevereiro e março de 2021. A perspectiva envolve dois meses da quadra chuvosa cearense, que vai de fevereiro a maio, e aponta influência do fenômeno La Niña, que pode atuar positivamente no Estado. Porém, o cenário final depende da temperatura do Oceano Atlântico, avaliam especialistas.
O prognóstico foi divulgado em nota técnica pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no dia 18 de dezembro. A previsão conta com a cooperação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
A geógrafa, que atua na área de Climatologia Geográfica e Meio Ambiente, observa ainda que o Estado pode se beneficiar da tendência de chuvas que aparece sobre a Amazônia, onde existe previsão de precipitações acima da média.
“Essa região sofre forte influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o mesmo sistema que atua aqui de fevereiro a maio [período de quadra chuvosa no Ceará]. Acredito, particularmente, que vamos ter uma quadra chuvosa muito boa neste ano, da média para cima”, afirma Maria Elisa.