CEARÁ FOI O ESTADO QUE MAIS PERDEU FORMAÇÕES FLORESTAIS DA CAATINGA EM 36 ANOS

 



O Ceará foi o estado que mais perdeu formações florestais do bioma caatinga, em 36 anos. A análise foi realizada por meio de imagens de satélite e compreende o período entre 1985 e 2020, no qual 340 mil hectares (o equivalente a 340 mil campos de futebol) foram reduzidos dessas formações.

A análise é do Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (Mapbiomas). O projeto é uma iniciativa do Observatório do Clima, criado e desenvolvido por uma rede de universidades, ONGs e empresas de tecnologia.

Conforme o projeto, o Ceará é o estado do Brasil que mais possui formações florestais mapeadas na caatinga em todo o nordeste. São cerca de 2,149 milhões de metros quadrados de área do bioma. Essa vegetação, conforme o Sistema Nacional de Informações Florestais, é do tipo "savana estépica", com predomínio de árvores baixas e arbustos que, em geral, perdem folhas no período seco (espécies caducifólicas) e muitas espécies cactáceas.

Além disso, outro dado apontado pelo Mapbiomas é a quantidade de municípios cearenses nesta situação entre os que mais perderam formação florestal. Segundo a análise do projeto, oito dos dez municípios em pior situação são cearenses. Em destaque está a cidade de Bela Cruz, no litoral norte, noroeste do estado.


Veja a lista:


Bela Cruz (CE) - 32 mil hectares

Itapipoca (CE) - 27 mil hectares

Beberibe (CE) - 23 mil hectares

Acaraú (CE) - 21 mil hectares

Camocim (CE) - 20 mil hectares

Ipirá (BA) - 19 mil hectares

Trairi (CE) - 18,5 mil hectares

Cruz (CE) - 15 mil hectares

Amontada (CE) - 14 mil hectares

Canto do Buriti (PI) - 14 mil hectares

Em áreas de savanas, o Ceará foi o terceiro do país que mais apresentou redução, perdendo 770 mil hectares desta formação da Caatinga, durante os 36 analisados pelo Mapbiomas.

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