A Polícia Civil suspendeu, na tarde desta terça-feira (4), o cortejo funerário que levava o corpo de Júnior Marcos Silveira, de 38 anos, para o sepultamento no município de Acaraú. O delegado que investiga o caso solicitou suspensão o cortejo para investigar o real motivo da morte, falecido em uma clínica.
Segundo a polícia, agentes de segurança receberam a denúncia de familiares de que a clínica não levou o paciente durante a emergência até o hospital, a poucos metros do local, e nem chamou o Instituto Médico Legal para o serviço de verificação de óbito, práticas que deveriam adotadas pelos profissionais do estabelecimento, segundo a polícia.
A vítima passou por um procedimento em uma clínica na segunda-feira (4) e foi sedado para um exame de endoscopia. No momento da sedação, conforme a Polícia Civil, houve uma reação alérgica ao medicamento, e o paciente sofreu um choque anafilático, seguido de uma parada cardíaca.
Segundo familiares, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para levar o paciente até o hospital de Cruz, cidade vizinha a Acaraú, mas chegou já sem vida. Profissionais da clínica com o médico socorrista do Samu emitiram o atestado de óbito e liberaram o corpo para velório.
Cerca de 30 segundos após aplicação do anestésico, o paciente ficou agitado e com dificuldades para respirar. A clínica afirmou que a saturação de oxigênio começou a cair, foi instalado oxigênio sobre pressão para ele melhorar, porém, não houve resposta e a vítima sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Ainda de acordo com a clínica, quanto a acionar o IML, o estabelecimento não viu como necessidade porque não se trata de uma morte violenta, mas sim de uma fatalidade que poderia ocorrer em qualquer unidade de saúde onde ele estivesse.
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