VIROSE DA MOSCA AFETA QUASE CINCO MIL PESSOAS NO CEARÁ NO INÍCIO DO ANO

Virose da mosca afeta quase cinco mil pessoas no Ceará no início do ano — Foto: Eliete Marques/G1

Os surtos de Doença Diarreica Aguda (DDA), conhecida como “doença da mosca”, são típicos do começo de cada ano, época onde a quadra chuvosa é maior. O Ceará já registrou 4971 casos, de acordo com a primeira planilha de doenças notificação compulsória, divulgada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).

Sobral é o município que lidera a estatística, notificando 302 casos. Fortaleza ainda não registrou nenhum caso. A DDA é conhecida por “doença da mosca”, mas o médico Rui de Gouveia explica que a transmissão do vírus causador da doença não é feita através do inseto.

Ele acredita que a virose ganhou este “apelido” devido à época mais chuvosa do ano, onde aumenta a proliferação de moscas. “O que se nota, nesse período chuvoso, é que em alguns locais, você percebe o aumento da proliferação de moscas. E isso pode ter correlação com questões de higiene, cuidados com alimentos. Mas não existe diretamente transmissão do vírus pela mosca”, completa Gouveia.

Rui, que é coordenador da Atenção Primária à Saúde de Fortaleza, também comenta a correlação entre o período chuvoso e o aumento da transmissão. “Nesse período chuvoso, se tem um maior número de pessoas em aglomerações em ambientes fechados, que têm aumento do contato. E consequentemente, com o aumento do contato, aumenta a possibilidade de transmissão de vírus”.

Entre os principais locais de aglomeração, o especialista cita shoppings e festas de pré-carnaval. Ele também alerta que a principal forma de transmissão da doença é através de contato interpessoal, seja direto ou indireto.

Limpeza e tratamento

Higiene é a principal arma de combate contra o aumento da DDA. “Lavagem das mãos, lavagem dos alimentos, cuidado no preparo etc. Tudo isso é fundamental para que se evite a transmissão com maior intensidade”, complementa Rui de Gouveia.

Em relação ao tratamento da doença, o coordenador explica que o método serve como “reforço” aos mecanismos de defesa presentes no próprio organismo. “A pessoa precisa se manter bem hidratada, porque naquele momento, ela está perdendo muitos líquidos. É interessante utilizar os sais de reidratação oral, que são distribuídos nos postos de saúde”, destaca.

g1

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