A residência de oito vereadores de Pacujá, no Ceará, além de um advogados e três postos de combustível, foram alvos nesta terça-feira (27) de uma operação do Ministério Público que apura um esquema de "mensalinho" na cidade.
Conforme o órgão, os vereadores do município votavam os projetos do prefeito em troca de dinheiro ou combustível.
A "Operação Mensalinho" realizou buscas e apreensões na residência tanto dos políticos, do advogado como também nos estabelecimentos comerciais.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Pacujá, mas as ligações não foram atendidas. A Câmara Municipal informou, por meio do advogado Adailton Melo, que vai se manifestar depois que tiver acesso aos autos do processo. Melo disse ainda que o presidente da Câmara dos Vereadores ''não cometeu nenhum crime ou irregularidade'' e "está tranquilo".
Durante a operação foram apreendidos celulares, tablets, notebooks, computadores, mais de R$ 10 mil em dinheiro, além de documentos e anotações que podem ajudar nas investigações.
A operação foi realizada a partir de uma denúncia à Promotoria de Justiça, relatando a prática do esquema “mensalão” (compra de apoio parlamentar) envolvendo os poderes municipais.
De acordo com o MPCE, vários áudios datados de 6 de janeiro de 2020 foram compartilhados por meio do WhatsApp, com conteúdos que revelam a existência de um esquema ilegal, atribuindo aos vereadores e ao chefe do poder Executivo uma "aliança" por meio de compra de votos. Um dos alvos é autor dos áudios, diz o MPCE.
G1/CE