VACINA CEARENSE CONTRA COVID-19 PEDE AUTORIZAÇÃO DA ANVISA PARA INICIAR TESTES EM HUMANOS

 


A Universidade Estadual do Ceará (Uece) aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar os testes em humanos da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela instituição. Caso aprovada, a pesquisa — que iniciou em 2020 — vai para a segunda fase.

A vacina cearense em testes já tem nome: HH-120-Defenser. A pesquisa é desenvolvida no Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM), liderada pela professora imunologista Izabel Florindo Guedes.

A primeira fase do processo, com realização de testes em camundongos, foi concluída com sucesso, como destaca o pesquisador do LBBM/Uece e doutorando do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia (Renorbio/Uece), Ney Carvalho. “Obtivemos resultados promissores desse imunizante com camundongos. Esses resultados serão submetidos à Anvisa, com o intuito de iniciar a fase clínica, já que estávamos na fase pré-clínica, com os animais”.

A fase clínica deverá ser dividida em três etapas:

Na primeira, os testes serão realizados com, aproximadamente, 100 pessoas adultas, de 18 a 60 anos de idade, sem comorbidades.
Na segunda etapa, será a vez de pessoas acima de 60 anos, com comorbidades.
Na terceira, os testes serão aplicados em milhares de pessoas, com perfis diversificados.
“Com mais de 90% de proteção comprovada da vacina na fase pré-clínica, poderemos seguir com os testes em humanos, após a aprovação da Anvisa. Para esses testes, será seguido todo um protocolo, realizando a seleção de pessoas saudáveis, que ainda não tenham tomado outras vacinas contra a Covid-19. Essas pessoas serão convidadas a serem voluntárias nesse primeiro momento”, explica a professora Izabel Florindo.

Ao final de cada etapa da fase clínica, a Uece deverá submeter os resultados à Anvisa para autorização da continuidade dos testes.


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