A urgência do debate saltando os obstáculos do conservadorismo. Assim tem sido o trajeto da educação sexual nas escolas do Ceará. Profissionais da educação falam que a abertura ao tema cresce ao longo dos anos, mas a recusa familiar ainda atrapalha maiores avanços. Entre os motivos, professores destacam o conservadorismo em falar sobre sexo. Campanhas como o “Maio Laranja” tentam mudar essa realidade, e este sábado, 18 de maio, é marcado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
A temática, no entanto, ganha força, especialmente quando casos se destacam como uma denúncia feita em Viçosa do Ceará, interior do estado. No último dia 9 de maio, uma estudante de 12 anos denunciou que sofria abuso sexual do próprio irmão — que abusava ainda de mais duas irmãs — após assistir uma palestra sobre educação sexual na escola onde estuda.
A palestra fazia parte de uma parceria entre a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) e o Comando da Polícia Militar para Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac), que oferece ações e atividades de prevenção especializada, unindo proteção social e segurança pública. A Seduc falou ainda sobre a Divisão de Proteção ao Estudante (Dipre) da Polícia Civil. Todas essas ações são acompanhadas por áreas específicas da secretaria.
O Ministério da Educação informou que a educação sexual é uma das ações prioritárias a serem cobertas no âmbito do Programa Saúde na Escola, política pública desenvolvida pelos ministérios da Educação e da Saúde. O tema já é consolidado dentro da Pedagogia e do próprio Ministério da Educação.
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